Em comemoração ao Dia Mundial dos Oceanos e ao Dia do Oceanógrafo, comemorado naquarta-feira (8), foi realizado na Universidade Federal do Rio Grande (FURG) o 1º Ciclo de Palestras dos Pesquisadores de Pós-Doc do Programa de Pós-Graduação em Oceanografia Física, Química e Geológica (PPGOFQG), do Instituto de Oceanografia (IO).

O evento reuniu palestras de seis pesquisadores, que abordaram suas experiências em áreas vinculadas às linhas de pesquisa do Programa de Pós-Graduação. Segundo a coordenadora do PPGOFQG, Elisa Fernandes, a mensagem principal da atividade foi a necessidade de conhecer os mares e oceanos em seus aspectos físicos, químicos, geológicos e biológicos. “Assim poderemos preservá-los para as futuras gerações”, destaca. A coordenadora destacou que o público marcou presença de forma expressiva e teve participação ativa nas palestras, com perguntas e comentários que enriqueceram a atividade. A segunda edição do Ciclo de Palestras dos Pesquisadores Pós-Doc do PPGOFQG tem previsão para acontecer em dezembro.

A programação iniciou com a fala do pesquisador Arthur Machado, que abordou a Ilha da Trindade, ponto mais leste do território brasileiro, e os perigos associados à morfodinâmica e dissipação de frentes de ondas na Ilha. Entre o continente e a Ilha da Trindade, a palestrante Flavia Delcourt falou sobre o estudo que vem sendo desenvolvido sobre papel dos montes submarinos pertencentes à cadeia Vitória-Trindade como potenciais fertilizadores do ambiente adjacente. 

O ciclo de palestras continuou com o foco nas turfeiras de Minas Gerais aos banhados interdunares do Rio Grande do Sul, quando Ingrid Horák apresentou o potencial dos banhados, alguns dentro do campus Carreiros da FURG, como registros do paleoclima e da contaminação atmosférica por Arsênio. A Juliana Assunção Ivar do Sul falou sobre a presença de plásticos de pequenas dimensões ou microplásticos nos ambientes costeiros, e o potencial destes plásticos em serem futuros registros geológicos do Antropoceno, uma nova época na história geológica da Terra. 

A Luiza Costa versou sobre o efeito de metais e as florações de cianobactérias que contém toxinas em diferentes áreas da Lagoa dos Patos, enfatizando a importância da existência de legislação específica para este problema. Para finalizar o evento, Raphael Pinotti falou sobre a Bacia de Pelotas (entre SC e o Chuí), o conhecimento atual em relação às espécies megazoobentônicas existentes, e os possíveis impactos relacionados à extração de recursos marinhos (minerais e energéticos).