A equipe da Estação de Apoio Antártico, da Universidade Federal do Rio Grande (Esantar/Furg), e o Grupo de Oceanografia de Altas Latitudes (Goal), do Instituto de Oceanografia (IO/Furg), finalizaram ações na 34ª Operação Antártica (Operantar). A operação, considerada um sucesso pelos envolvidos, teve início em outubro do ano passado. O retorno dos navios “Almirante Maximiano da Fonseca" e "Ary Rongel" ocorreu no final de março. 

A Esantar/Furg auxiliou nos preparativos e no retorno de materiais de apoio. No total, foram preparadas 26 toneladas de materiais, para abastecer mais de 20 acampamentos, além de aproximadamente 200 conjuntos de roupas para pesquisadores e militares. O apoio logístico à Operantar é oferecido por meio de convênio com a Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (Secirm). 

O diretor da Esantar, Gonzalo Velasco Canziani, destaca a função da Furg nas atividades realizadas. "É um projeto de interesse nacional e visibilidade internacional, e nossa universidade tem um papel importantíssimo, de parceira com a Secirm. Estamos no centro do projeto, com o apoio logístico desta Estação, há mais de 30 anos, e pela participação de muitos pesquisadores e alunos nossos”. As operações antárticas são anuais, envolvendo dois navios, 10 a 12 voos e quase mil pessoas por ano. 

O Goal realizou a coleta de dados para os projetos Nautilus, Interbiota e Baleias. Os pesquisadores do Goal permaneceram em viagem durante o mês de fevereiro, e retornaram em 6 de março. Estiveram a bordo, 28 pesquisadores, entre estudantes, professores e técnicos, envolvendo os cursos de graduação em Oceanologia, pós-graduação em Oceanografia Biológica e pós-graduação em Oceanografia Física, Química e Geológica da Furg. O grupo contou também com a participação de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Universidade de Perpignan Via Domitia (UPVD, França), Woods Hole Oceanographic Institution (WHOI, USA). 

O Goal desenvolve projetos científicos multidisciplinares, na região Antártica, há mais de uma década. O projeto Nautilus estuda novas tecnologias autônomas, na investigação e monitoramento das transformações da Água de Fundo Antártica e suas implicações à circulação oceânica e ao clima, contribuindo com iniciativas internacionais nesse tema. O projeto Baleias está voltado à diversidade e conservação de cetáceos antárticos, compreendendo os padrões de uso do habitat de baleias-jubarte e a variabilidade genética, entre outros fatores, além de monitorar a concentração de poluentes. O projeto Interbiota tem por objetivo estudar as interações biológicas em ecossistemas marinhos próximos à Península Antártica, sob diferentes impactos de câmbios climáticos.

Extraído de http://jornalagora.com.br/site/content/noticias/detalhe.php?e=3&n=84517