Estudo  publicado na Fisheries Research descreve caracterização de uma região oceânica no Atlântico sudoeste, perto da costa do sul do Brasil, onde os juvenis de tubarões  azul (Prionace glauca) são encontrados em grande número. Um dos aspectos incomuns da região é que os azuis maturos não são encontradas na região.

O trabalho de pesquisa, de autoria de Santiago Montealegre-Quijano e M. Carolus Vooren, da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) Instituto de Oceanografia, Laboratório de Elasmobrânquios e Aves Marinhas, utiliza dados de operações de pesca comercial. Os investigadores determinaram que tubarões azuis jovens permanecem na região até que tenham cerca de 1,3 metros de comprimento. Em seguida, os tubarões juvenis dispersam, com os tubarões machos jovens indo rumo ao norte, e as femeas jovens dirigindo-se para o sul, ao sul da Zona de Convergência Subtropical, esperando para voltar ao norte após o verão austral.

Temperaturas da superfície do mar do MODIS, analisadas com Giovanni, foram utilizados para caracterizar a localização da Zona de Convergência Subtropical durante o período do estudo. Estes dados ajudaram a determinar a localização da zona de convergência, durante os períodos em que as estações de pesca foram observados. Segundo os autores, a Zona de Convergência Subtropical ocorreu na área de estudo a partir de final do outono até a primavera. O estudo descreve as rotas de migração possíveis de femeas grávidas de tubarões azuis através do Atlântico sudoeste e como estas retornam para a zona de berçário para dar à luz a bebês tubarões azuis.

Referência:S. Montealegre-Quijano and C.M. Vooren, "Distribution and abundance of the life stages of the blue shark Prionace glauca in the Southwest Atlantic. Fisheries Research 101 (2010) 168–179.

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