Desde 2008 a Organização Marítima Internacional proibiu que tintas à base de tributilestanho (TBT) fossem aplicadas ao casco das embarcações. Contudo, as tintas permanecem apresentando grande toxicidade, destaca Grasiela Leães Lopes Pinho.

    Criadas para evitar a aglomeração de micro-organismos no casco das embarcações, as tintas anti-incrustantes foram e continuam sendo tóxicas, podendo ocasionar “a mortalidade de microalgas, microcrustáceos e peixes”, observa a oceanóloga Grasiela Leães Lopes Pinho, na entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line. Ela frisa que a “sopa” de compostos químicos liberada pela parede das embarcações oferece riscos para os ambientes aquáticos, sobretudo à biota: “Organismos planctônicos como algas e pequenos animais, mostraram-se sensíveis aos compostos liberados pelas tintas. Sendo então estes a base das cadeias tróficas estuarinas, toda a cadeia trófica consequentemente será afetada. Vimos também que os danos letais podem atingir diretamente representantes dos vertebrados, como espécies de peixes. Dessa forma, indiretamente podemos vir a ter danos na pesca, afetando também a economia pesqueira destas regiões”. A pesquisadora fala, também, sobre os riscos apresentados pelo nanocomposto fulereno para o ambiente, alertando para os danos ambientais provenientes da nanotecnologia.

     A entrevista pode ser conferida no link http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?option=com_content&;view=article&id=4779&secao=409