O Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em colaboração com as principais instituições científicas e tecnológicas brasileiras e governos da América Latina e Caribe, iniciou em 2009 um conjunto de ações com vistas à elaboração de uma estratégia regional do setor CT&I para as próximas décadas. Essa iniciativa resultou na indicação da cidade do Rio de Janeiro para sediar a edição 2013 do Fórum Mundial de Ciência, que terá como tema central "Ciência para o Desenvolvimento Global". O Fórum acontecerá nos dias 25 e 26 de novembro de 2013. Com a participação de um conjunto de atores que compõem o sistema nacional de CT&I, foi então criada, no final de 2011, a Comissão Executiva Nacional do Fórum Mundial de Ciência 2013, formada por representantes de 12 entidades do setor (MCTI, ABC, SBPC, MRE, MEC-CAPES, CNPq, FINEP, CGEE, ANDIFES, CONSECTI, CONFAP e Escritório da UNESCO no Brasil), que tem como missão a preparação, programação temática e coordenação institucional do Fórum Mundial a ser realizado em novembro de 2013.

Pela importância do evento, as entidades deliberaram por realizar 7 Encontros Preparatórios ao evento principal, em diferentes capitais brasileiras, onde vêm sendo discutidos temas relacionados aos principais desafios da ciência no século XXI, nos contextos nacional e internacional. O 5o. Encontro Preparatório, realizado em Recife-PE, tem como tema central “Oceanos, Clima e Desenvolvimento”, com ênfase na identificação das contribuições científicas para a compreensão dos fenômenos, para o enfrentamento e adaptação às mudanças anunciadas, e para o desenvolvimento sustentável e inclusivo das populações a elas submetidas. 

Gestão Portuária e Sustentabilidade Ambiental e Social foi o assunto da palestra apresentada pela professora Elisa Helena Fernandes na sua palestra na sessão "Oceanos e Desenvolvimento" do 5º Encontro Preparatório para o Fórum Mundial de Ciências.

Em sua explanação a pesquisadora fez um resumo da situação dos portos brasileiros, mostrando os problemas e os avanços pelos quais eles passam atualmente. De acordo com Elisa, com uma costa de 8,5 mil km navegáveis, um setor portuário que movimenta anualmente cerca de 700 milhões de toneladas das mais diversas mercadorias e responde, sozinho, por mais de 90% das exportações do País, o sistema tem grandes problemas em seu gerenciamento, que é realizado através de uma série de órgãos e empresas públicas. Esse fator torna a administração lenta. A burocracia, os recursos escassos e um quadro funcional mal remunerado e insuficiente são outras dificuldades.Como avanços na administração portuária brasileira, Elisa Fernandes lembrou os Programas de Aceleração do Crescimento (PACs 1 e 2), que investiram R$7,5 blihões na dragagem, infraestrutura portuária e logística do sistema e os Programas Nacionais de Dragagem (PND 1 e 2), que aplicaram recursos da ordem de mais de R$1,1 bilhão, na primeira fase e outros R$4,7 bilhões para uso nos próximos dez anos em aprofundamento, alargamento ou expansão de áreas portuárias; serviços de sinalização e balizamento; serviços de monitoramento ambiental e manutenção das condições de navegação e segurança.Elisa defende a modernização dos portos brasileiros e a boa utilização dos recursos. E completa: “A gestão ambiental portuária é fundamental. Nela, um conjunto de programas e práticas administrativas e operacionais são voltados à proteção do meio ambiente, à saúde e à segurança de trabalhadores, usuários e comunidade”.